Para quem gosta de futebol, como é meu caso, estamos vivendo um período especial, quase místico, afinal, é época de Copa do Mundo.
Antes do início do mundial, as emissoras de TV nos entupiram com informações mais variadas a respeito da história da República Sul Africana. Apesar de gostar bastante do esporte bretão, não vou tecer nenhum tipo de comentário sobre o andamento do torneio, afinal, este blog é dedicado a teologia e demais assuntos correlatos a religião. Gostaria de falar um pouco da história do cristianismo na África do Sul.
A despeito do breve período de presença portuguesa entre o final do século XV e início do século XVI, onde religiosos católicos romanos acompanharam o empreendimento luso, a forma predominante de cristianismo existente na atual África do Sul sempre foi protestante. A partir de 1652, franceses e holandeses, na sua maioria praticantes do calvinismo , estabeleceram-se no país. O primeiro pastor evangélico aportou por aquelas bandas em 1665, sendo que, neste período, não havia nenhum tipo de preocupação em obter conversos entre a população nativa africana. O primeiro trabalho missionário direcionado de forma específica ao povo negro deu-se apenas no século 18, mais precisamente em 1737, por iniciativa dos Irmãos Morávios. Esta predominância protestante em território sul-africano tem uma explicação óbvia; durante o período definitivo de invasão européia, Holanda e Inglaterra, nações que abraçaram a religião evangélica, dividiram entre si o poder.
Em 1805, após uma trajetória marcada por vários atritos com os colonos holandeses, o Reino Unido tomou posse definitiva do território. Esta forçada inclusão ao Império Britânico deixou sua marca na vida religiosa sul-africana. Anglicanos, Metodistas e Presbiterianos iniciaram seus trabalhos. Neste mesmo período, missionários alemães de confissão luterana direcionaram seus esforços quase que exclusivamente aos nativos africanos. Apenas em 1850, quase quatro séculos após a chegada do navegador português Bartolomeu Dias, a Igreja Católica Romana fincou raízes no extremo sul do continente
Dentre a população de origem holandesa, estabeleceu-se de forma bastante influente a Igreja Reformada (NGK). Em 1850, por razões doutrinárias, esta denominação dividiu-se, originando duas novas igrejas.
Um ano após a criação da União Sul-Africana, em 1911, a facção predominante da Igreja Reformada Holandesa promulgou o tristemente conhecido “The Dutch Reformed Church Act”, negando aos negros a condição de membros desta igreja. Para alocar o grande número de negros, mestiços e indianos que se convertiam ao cristianismo,foram criadas pequenas denominações direcionadas a estas etnias. Antes mesmo de se tornar lei nacional, já que foi estabelecido em 1948, o apartheid tinha sido praticado primeiramente no seio de uma grande confissão cristã ! As outras igrejas reformadas de origem holandesa, seguindo o exemplo da igreja mãe, também estabeleceram organismos eclesiásticos separados para não brancos. Mal sabiam que estavam gestando eminentes lideres que, em um futuro não muito distante, iriam contribuir para o fim do regime de segregação racial na África do Sul.
Durante o transcorrer do século XX, o pentecostalismo fincou sólidas raízes, tornando-se uma grande força no cristianismo sul-africano, contando, nos dias atuais, com aproximadamente 8% da população. Bastante interessante é o fato do movimento pentecostal do país ter produzido um teólogo de grande envergadura, dedicado, sobretudo, ao movimento ecumênico. Estamos falando de David de Plessis. Mesmo tendo uma forte minoria branca, caso do próprio de Plessis, o pentecostalismo é majoritariamente negro, destacando-se por seu ativismo político.
Fruto do sincretismo entre protestantismo tradicional, pentecostalismo e crenças nativas africanas, as chamadas igrejas independentes, como a Comunidade Zion, destacam-se no cenário religioso.
Dentre as igrejas evangélicas de origem britânica e alemã, o preconceito, mesmo bastante forte, não era institucional, fazendo com que parcela significativa da população não branca convertida ao cristianismo optasse por tais comunidades. Segundo dados estatísticos divulgados na década de 70, período em que o apartheid atingia seu auge, 80% dos membros das igrejas luterana e metodista eram negros ou mestiços. Dentre os anglicanos, este percentual girava em torno de 70%. O presbiterianismo, originário do trabalho realizado por missionários escoceses e implantado em 1829, contava com cerca de 1.120.000 fiéis, sendo que quase 90% de sua membresia era negra.
Como ficou claro nesta breve pincelada histórica, o papel do cristianismo, notadamente do protestantismo na consolidação do regime segregacionista do apartheid, foi fundamental. O corpo maior da Igreja Reformada Holandesa (NGK) forneceu os argumentos teológicos para o regime racista. No entanto, mesmo no seio desta igreja eminentemente racista, e também em suas já citadas ramificações brancas, surgiram vozes destoantes que protestaram contra o preconceito institucionalizado no país, defendendo a causa de negros e mestiços. Não é necessário dizer que estes heróis e heroínas, verdadeiros representantes dos ensinamentos de Cristo, sofreram as mais virulentas perseguições por parte das hipócritas autoridades eclesiásticas. Dentre vários dissidentes, podemos citar o nome de David Jacobus Bosch, teólogo que defendia uma prática missionária com forte enfoque social e que rompeu publicamente com sua igreja 1982.
Já no seio das comunidades reformadas negras, o grande líder antiapartheid foi Allan Boesak, considerado um dos maiores expoentes da chamada teologia da libertação fora da América Latina.
A postura do catolicismo-romano diante do regime de segregação racial, a principio, foi dúbia. Porém, a partir de 1957, a cúpula romana posicionou-se de forma claramente contrária ao governo racista. Dentre vários clérigos católicos que assumiram uma posição claramente contrária ao apartheid, destaca-se a figura do religioso dominicano Albert Nolan.
Pois bem, gastaria muito tempo citando o nome de homens e mulheres das mais diferentes tradições cristãs que levantaram suas vozes contra o opressor regime racista sul-africano que teve seu término apenas em 1994.
Desta forma, mesmo que instituições eclesiásticas se comportem de forma assumidamente anticristã, o Espírito de Deus sempre levantará homens e mulheres que, coerentemente com sua profissão de fé em Jesus Cristo, denunciarão todo tipo de preconceito e opressão.
OS: Na próxima semana vamos retomar o assunto África do Sul . Iremos conhecer um pouco da vida, obra e teologia de grandes teólogos deste país. Alguns foram citados brevemente acima.
ANDRÉ TADEU DE OLIVEIRA
Antes do início do mundial, as emissoras de TV nos entupiram com informações mais variadas a respeito da história da República Sul Africana. Apesar de gostar bastante do esporte bretão, não vou tecer nenhum tipo de comentário sobre o andamento do torneio, afinal, este blog é dedicado a teologia e demais assuntos correlatos a religião. Gostaria de falar um pouco da história do cristianismo na África do Sul.
A despeito do breve período de presença portuguesa entre o final do século XV e início do século XVI, onde religiosos católicos romanos acompanharam o empreendimento luso, a forma predominante de cristianismo existente na atual África do Sul sempre foi protestante. A partir de 1652, franceses e holandeses, na sua maioria praticantes do calvinismo , estabeleceram-se no país. O primeiro pastor evangélico aportou por aquelas bandas em 1665, sendo que, neste período, não havia nenhum tipo de preocupação em obter conversos entre a população nativa africana. O primeiro trabalho missionário direcionado de forma específica ao povo negro deu-se apenas no século 18, mais precisamente em 1737, por iniciativa dos Irmãos Morávios. Esta predominância protestante em território sul-africano tem uma explicação óbvia; durante o período definitivo de invasão européia, Holanda e Inglaterra, nações que abraçaram a religião evangélica, dividiram entre si o poder.
Em 1805, após uma trajetória marcada por vários atritos com os colonos holandeses, o Reino Unido tomou posse definitiva do território. Esta forçada inclusão ao Império Britânico deixou sua marca na vida religiosa sul-africana. Anglicanos, Metodistas e Presbiterianos iniciaram seus trabalhos. Neste mesmo período, missionários alemães de confissão luterana direcionaram seus esforços quase que exclusivamente aos nativos africanos. Apenas em 1850, quase quatro séculos após a chegada do navegador português Bartolomeu Dias, a Igreja Católica Romana fincou raízes no extremo sul do continente
Dentre a população de origem holandesa, estabeleceu-se de forma bastante influente a Igreja Reformada (NGK). Em 1850, por razões doutrinárias, esta denominação dividiu-se, originando duas novas igrejas.
Um ano após a criação da União Sul-Africana, em 1911, a facção predominante da Igreja Reformada Holandesa promulgou o tristemente conhecido “The Dutch Reformed Church Act”, negando aos negros a condição de membros desta igreja. Para alocar o grande número de negros, mestiços e indianos que se convertiam ao cristianismo,foram criadas pequenas denominações direcionadas a estas etnias. Antes mesmo de se tornar lei nacional, já que foi estabelecido em 1948, o apartheid tinha sido praticado primeiramente no seio de uma grande confissão cristã ! As outras igrejas reformadas de origem holandesa, seguindo o exemplo da igreja mãe, também estabeleceram organismos eclesiásticos separados para não brancos. Mal sabiam que estavam gestando eminentes lideres que, em um futuro não muito distante, iriam contribuir para o fim do regime de segregação racial na África do Sul.
Durante o transcorrer do século XX, o pentecostalismo fincou sólidas raízes, tornando-se uma grande força no cristianismo sul-africano, contando, nos dias atuais, com aproximadamente 8% da população. Bastante interessante é o fato do movimento pentecostal do país ter produzido um teólogo de grande envergadura, dedicado, sobretudo, ao movimento ecumênico. Estamos falando de David de Plessis. Mesmo tendo uma forte minoria branca, caso do próprio de Plessis, o pentecostalismo é majoritariamente negro, destacando-se por seu ativismo político.
Fruto do sincretismo entre protestantismo tradicional, pentecostalismo e crenças nativas africanas, as chamadas igrejas independentes, como a Comunidade Zion, destacam-se no cenário religioso.
Dentre as igrejas evangélicas de origem britânica e alemã, o preconceito, mesmo bastante forte, não era institucional, fazendo com que parcela significativa da população não branca convertida ao cristianismo optasse por tais comunidades. Segundo dados estatísticos divulgados na década de 70, período em que o apartheid atingia seu auge, 80% dos membros das igrejas luterana e metodista eram negros ou mestiços. Dentre os anglicanos, este percentual girava em torno de 70%. O presbiterianismo, originário do trabalho realizado por missionários escoceses e implantado em 1829, contava com cerca de 1.120.000 fiéis, sendo que quase 90% de sua membresia era negra.
Como ficou claro nesta breve pincelada histórica, o papel do cristianismo, notadamente do protestantismo na consolidação do regime segregacionista do apartheid, foi fundamental. O corpo maior da Igreja Reformada Holandesa (NGK) forneceu os argumentos teológicos para o regime racista. No entanto, mesmo no seio desta igreja eminentemente racista, e também em suas já citadas ramificações brancas, surgiram vozes destoantes que protestaram contra o preconceito institucionalizado no país, defendendo a causa de negros e mestiços. Não é necessário dizer que estes heróis e heroínas, verdadeiros representantes dos ensinamentos de Cristo, sofreram as mais virulentas perseguições por parte das hipócritas autoridades eclesiásticas. Dentre vários dissidentes, podemos citar o nome de David Jacobus Bosch, teólogo que defendia uma prática missionária com forte enfoque social e que rompeu publicamente com sua igreja 1982.
Já no seio das comunidades reformadas negras, o grande líder antiapartheid foi Allan Boesak, considerado um dos maiores expoentes da chamada teologia da libertação fora da América Latina.
A postura do catolicismo-romano diante do regime de segregação racial, a principio, foi dúbia. Porém, a partir de 1957, a cúpula romana posicionou-se de forma claramente contrária ao governo racista. Dentre vários clérigos católicos que assumiram uma posição claramente contrária ao apartheid, destaca-se a figura do religioso dominicano Albert Nolan.
Pois bem, gastaria muito tempo citando o nome de homens e mulheres das mais diferentes tradições cristãs que levantaram suas vozes contra o opressor regime racista sul-africano que teve seu término apenas em 1994.
Desta forma, mesmo que instituições eclesiásticas se comportem de forma assumidamente anticristã, o Espírito de Deus sempre levantará homens e mulheres que, coerentemente com sua profissão de fé em Jesus Cristo, denunciarão todo tipo de preconceito e opressão.
OS: Na próxima semana vamos retomar o assunto África do Sul . Iremos conhecer um pouco da vida, obra e teologia de grandes teólogos deste país. Alguns foram citados brevemente acima.
ANDRÉ TADEU DE OLIVEIRA
andre, colega.
ResponderExcluira igreja, como uma instituição de peso, tem que tomar decisões. eu, que sou da galera que acha que a separação Estado/Igreja é , no minimo, fraca e, comumente, inexistente, não me surpreendo ao ver a igreja apoiando o estado nesse tipo de postura.
quando voce fala que a igreja catolica se manteve dubia eu super lembro do apoio do corpo eclesiastico alemão ao regime hitlerista. da mesmo forma, lembro de imagens da IURD gravadas em metastases, quero dizer, sedes africanas onde ocorria a distribuição de preservativos durante os cultos.
lembrando que tanto o povo segregacionista da Igreja reformada como os catolicos de Hitler achavam, sim, que estavam sendo coerentes e praticando a fé satisfatoriamente. como fica?
Para quem gostaria de relacionar Aparthaid, cristianismo, rock n" roll, música e letra de qualidade...
ResponderExcluirpesquise Ressurrection Band a música Africans...esta excelente banda verdadeiramente cristã (vale a pena uma pesquisa a respeito), produzia no início dos anos 70 um clássico a partir de cosmovisão cristã contra o aparthaid na África do sul.
Douglas Rezende
Rede FALE PR
Evangélicos Pela Justiça
Rayssa.A grande tragédia do cristianismo ocorreu quando nosso querido irmão Constantino deu o pontapé inicial em todo o processo que culminaria na oficialização do mesmo. Obviamente, numericamente, a fé cristã experimentou um crescimento significativo. Antes de Constantino, o cristianismo não passava de 10% da população do Império Romano. Após Constantino, este número chegou à metade dos habitantes do império. Só que este crescimento numérico representou, aliado a uma crescente parceria com o estado, uma completa inversão de valores para com o cristianismo primitivo. Se não me engano, vc é estudante de história. Mesmo sendo atéia, deve saber que o movimento iniciado por Jesus Cristo era completamente o oposto do que isto que a história nos mostrou e ainda mostra, um conglomerado de grandes instituições que lutam pelo poder ! Vários historiadores, inclusive de orientação marxista, como Karl Kautsky ( " A Origem do Cristianismo"), defendem a tese de que o movimento de Jesus era libertário em sua origem.
ResponderExcluirAgora, deixando de lado especulações sociológicas, as ciências bíblicas nos mostram que Jesus nunca pensou em organizar uma igreja ( meus irmãos católicos romanos que me desculpem)! Jesus tinha uma pregação escatológica, isto é, acreditava que o fim estava próximo, portanto, até mesmo esta igreja " libertária " dos primeiros anos não fazia parte de seus planos.
O que quero dizer com tudo isto ? É que o conceito de igreja, como temos hoje ( hierarquia,dogmas,instituições e etc), não é compátivel com o conceito evangélico da mesma. Por isso, não me surpreende o fato da igreja, como instituição humana, seja Romana, Ortodoxa ou Evangélica, cometer verdadeiras atrocidades destoantes do evangelho.
Sobre os cristãos racistas sul-africanos, nazis alemães e etc, a resposta é simples; este povo praticava um cristianismo meramente social,de fechada. Pouco importa sua prática religiosa ritualística ou dogmática, cristianismo é uma vida de amor e dedicação ao próximo. É impossível seguir o que está escrito nos quatro evangelhos e manter uma postura racista, preconceituosa, sexista e afins.
A respeito da dica dada pelo Douglas, abaixo o link com a música e letra traduzida da Ressurrection Band
ResponderExcluirhttp://letras.terra.com.br/resurrection-band/956207/traducao.html
olha, andre, eu acho que a grande tragedia foi quando o pessoal passou a considerar as cartas de paulo nos ensinamentos, entende? acho que a maior parte da nojeira do cristianismo esta no que esse "apostolo" escreveu. (eu nem penso em levar em consideração o antigo testamento pq é sanguinario demais)
ResponderExcluirsobre a pregação escatologica de jesus, existe toda uma corrente historiografica que explica os evangelhos como obras de/para judeus: ou seja, essa historia de amar o proximo só valeria entre os proprios judeus.
a questão é que não importa a intenção da pregação de jesus (partindo da hipotese de que ele realmente existiu), uma vez que os povos e as instituições se apropriam dela das mais diversas formas (como os racistas sul-africanos) e passam a justificar suas posições politicas a partir daí.
Rayssa, bom dia. Seu comentário é digno de uma resposta mais elaborada. Novamente, parabéns pelas colocações.
ResponderExcluirNo entanto, vou apenas comentar, agora, uma questão levantada por você; a hipótese de Jesus não ter existido como pessoa histórica.Nos dias atuais, maioria significativa dos historiadores sequer admite esta hipótese da não existência de um nazareno chamado Jesus, irmão de um tal Tiago e morto por volta do ano 30. Existem historiadores sérios que colocam em dúvida à existência de Jesus ? Sim ! Mas são tão minoritários quanto os cientistas sérios que defendem, por exemplo, o design inteligente !
Abaixo, estou passando links contidos em um blog que recomendo que tratam desta questão da historicidade de Jesus.
Finalizando, existem, sim, fontes não-cristãs que tratam de Jesus. São parcas, não podemos fazer um quadro de Jesus utilizando-as como base. No entanto, servem como fortes evidências para confirmar sua existência. Fora isto, é absolutamente normal que Jesus não fosse citado por outras várias personalidades pagãs e judaícas
de sua época. Afinal, não é normal perder seu tempo citando um cara que morou lá no fundão do Império ( a pobre palestina) e que até o advento do imperador Constantino inspirou apenas 10% de loucos ! Do lado Judeu, por que perder tempo com mais um "louco" fazedor de milagres ? Naquela época existiam tantos ! Se fosse por este lado, colocaríamos em dúvida a existência de Buda, Maomé e etc......
Fontes Não-Cristãs e debate sobre o Jesus Histórico
http://adcummulus.blogspot.com/search/label/Exist%C3%AAncia%20de%20Jesus
http://adcummulus.blogspot.com/search/label/Jesus%20Hist%C3%B3rico
Forte Abraço, amiga
GRAVE ERRATA : LENDO MEU TEXTO COM MAIS CALMA, NÃO SEI EXPLICAR COMO NÃO FOI POSTADO A PARTE QUE FALO A RESPEITO DAS IGREJAS PENTECOSTAIS E INDEPENDENTES NA ÁFRICA DO SUL. ESTA PARTE JÁ FOI ANEXADA AO TEXTO.
ResponderExcluirABAIXO, PARA REFORÇAR, O TEXTO OMITIDO ATÉ A CORREÇÃO;
" Durante o transcorrer do século XX, o pentecostalismo fincou sólidas raízes, tornando-se uma grande força no cristianismo sul-africano, contando, nos dias atuais, com aproximadamente 8% da população. Bastante interessante é o fato do movimento pentecostal do país ter produzido um teólogo de grande envergadura, dedicado, sobretudo, ao movimento ecumênico. Estamos falando de David de Plessis. Mesmo tendo uma forte minoria branca, caso do próprio de Plessis, o pentecostalismo é majoritariamente negro, destacando-se por seu ativismo político.
Fruto do sincretismo entre protestantismo tradicional, pentecostalismo e crenças nativas africanas, as chamadas igrejas independentes, como a Comunidade Zion, destacam-se no cenário religioso."
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPoxa vida pessoal!
ResponderExcluirPaulo sempre pagando o pato!
Mas é assim mesmo, os grandes intelectuais nunca são compreendidos em sua época, e muitos deles não alcançam a compreensão nunca, como foi o caso do apóstolo, afinal como disse um erudito europeu que eu esqueci quem é "Ninguém nunca entendeu Paulo e o único que o entendeu (Marcião) perverteu seus ensinamentos de propósito".
Culpar Paulo pelas cagadas dos cristãos é semelhante a culpar pela guerra o inventor da pólvora, ou culpar Santos Dumont pelos ataques aéreos, ou ainda culpar Charles Miller pela existência do Corinthians - ops, foi mal!
Voltando ao assunto, uma leitura dos textos autenticamente paulinos mostraria que ele sempre foi um revolucionário, se ele não é visto assim é por que os pais apostólicos, os redatores do Novo Testamento e os camaradas que escreveram as cartas pseudo-paulinas fizeram um serviço bem feito.
Pais apostólicos? Pseudo-paulinas? Redatores do NT? O que é tudo isso?
É verdade parece mais fácil ignorar que existe tudo isso e jogar tudo nas costas do "Apóstolo dos hereges"
Abraços!
Parabéns pelo blog amigão!
Caro André e amigos, gostaria de colocar a minha consideração a respeito dos comentários acima colocados. Não acredito que o "amar ao próximo" de Jesus era somente para os judeus, porque se fosse assim Jesus não teria curado uma cananeia e não teria curado o filho de um centurião romano,como é narrado nos evangelhos...também achar que o Antigo Testamento é "sanguinário" é desconhecer a Bíblia hebraica, pois essa contém vários relatos em que vidas são salvas pela ação do Deus de Israel e que também mulheres participam da bondade divina, sem contar os profetas que falam e "gritam" em nome de igualdade social...as pessoas que costumam analisar Paulo esquecem que ele teve que lidar com diversas situações de comunidades que estavam sendo formadas no cristianismo primitivo e que Paulo para cada uma dessas comunidades trabalhava e falava contextualizando suas palavras de acordo com as dificuldades de cada comunidade...abraço a todos!
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